Tudo o que eu queria era acordar desse pesadelo. Fingir que nunca aconteceu. Que nada disso era real.
Um buraco no meu peito se abriu nesse dia, e eu achava que nunca mais ia cicatrizar. Que a dor permaneceria para sempre.
Me sentei em frente a janela na cadeira giratória e fiquei olhando as folhas caindo. As pessoas passarem umas pelas outras e se cumprimentarem, sorrindo. O cachorro do vizinho que vivia correndo atrás do Bernabá, o gato da velha senhora que morava no outro quarteirão.
Fiquei olhando tudo, mas não via nada.
A única coisa que ficava de verdade em minha mente era a dor que eu estava sentindo.
Mas eu só queria que tudo aquilo passasse logo.
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Quando eu pensei que ia morrer com essa dor, ele iluminou minha vida. Veio para mim como uma estrela, brilhante, quente e aconchegante. Me acolheu em seus braços e fez toda a dor, simplesmente evaporar. E foi como se tudo tivesse sido apagado. O buraco em meu peito finalmente cicatrizou. E minha vida melhorou. Muito. Ele me consolou e me ajudou, até eu ter me recuperado inteiramente. Sem nunca me julgar. Sem nunca me olhar de uma forma diferente, que não fosse amor.
Amor.
É esse o sentimento que faltava.
É esse o sentimento que ele trouxe. E me fez completa.
Dâmaris.
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