Lindo!

 
↓ LEEEIAM, VALE MUITO A PENA!↓

“— Gabi?

— Oi.

— Eu te amo, ta bom?

— Tá.

— Ei, não é assim. Tem que dizer que me ama também.

— Aham, eu te amo Vitor.

— Isso.

— (Risos)

— O que foi?

— Você, tentando ser romântico. Quanta perca de tempo.

— Do que está falando?

— Como assim do que eu estou falando? Estamos em sua cama, depois de enumeradas horas de prazer, o silêncio era absoluto depois de terminamos e agora você faz questão de que eu diga “eu te amo” depois de você dizer. Nossa!

— Você é tão ignorante Gabriella. Estava tentando, apenas tentando ser alguém agradável pra você, dizer que eu te amo é o mínimo que posso fazer, e ouvir você dizer o mesmo é quase um agradecimento a minha tentativa.

— Falhou.

— Você nunca está satisfeita com nada mesmo.

— Você me faz rir. Porque dizer que me ama se isso não é verdade? Eu aprendi a guarda o meu amor por você pra mim mesma. Porque se eu não vou obter resposta é melhor eu nem perguntar. Agora você vem dizendo que me ama achando que é o suficiente. Vitor eu não sou burra, já que eu sei que vou me machucar, eu tento não cair […]

— Sou eu que não quero te deixar cair, seus machucados tem que ser meus. Por todo aquele tempo em que eu não te dei valor, todas aquelas vezes em que eu te via como um objeto de prazer. Agora as coisas mudaram e você percebeu bem isso. Você me mudou, demorou, mais me mudou e mudou por inteiro. Meus amigos comentam, até o chato do meu irmão percebeu que eu mudei. E todas as vezes que me perguntam o porque da mudança, eu digo seu nome.

— Mentira.

Ele me olhou nervoso. Adorava a sensação de raiva que conseguia provocar nele. Embora ele me tivesse inteiramente pra ele na hora em que quisesse e por quanto tempo quisesse, eu não podia abaixar a cabeça, por mais difícil que fosse.

— O que aconteceu com você? Está ficando chata,e seu grau de ignorância só aumenta. Você não era assim, sabia?

— Depois de dois encontros te esperando na porta do cinema e um deles embaixo de chuva, depois de mudar o número do seu celular pra não receber mais ligações minhas, depois de fingir seus sentimentos pra mim por longos e longos meses, depois de me pisar, esfarelar, massacrar com tuas mentiras, depois de cuspir suas verdades sem fundamento na minha cara. Eu mudei. Mudei pra deixar de ser seu objeto de prazer, mudei pra aos poucos deixar de priorizar tanto você, mudei antes que o amor que eu sinto me matasse de tanta dor […] (Disse quase chorando)

Ele segurou minha mão com força, me olhou nos olhos e naquele instante ele pode ver minha alma ferida por ele mesmo, marcas e marcas de quase um ano a espera dele. Ele viu meu coração batendo lentamente, quase desistindo de permanecer, ele viu […]

— Me desculpa?

Suas palavras penetraram na minha mente, eu poderia beija-lo, abraça-lo, transformar aquela minha angústia em um choro de felicidade. Eu podia fazer tantas coisas pra que aquele momento fosse perfeito, pois eu senti, pela primeira vez, verdade no que ele me dizia. E consentindo eu poderia fazer daquele momento algo duradouro, com mais coisas ditas de verdade, mais confiança de minha parte, mais passos para o aperfeiçoamento desse amor bruto que temos um pelo outro, ou simplesmente não.

— Vou pensar.

Disse firme. Ele não acreditava pelo fato de já estar acostumado a sempre conseguir o que quisesse de mim, se tudo aquilo não estivesse acontecendo comigo eu iria ter pena dele, ou algo assim […] Eu me levantei da cama, terminei de por a roupa e sai do quarto, sem dizer nada. Eu não estava afim de faze-lo sofrer como eu sofri, fazer com que ele se sentisse diminuído ou coisa assim. Eu só queria que ele entendesse, que amar alguém não é fácil […]”