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#14 Resenha: Puros

Puros

Pressia é uma menina que sobreviveu as Explosões. Ela pouco se lembra do Antes, onde haviam brinquedos para crianças e casas de família. Agora, as únicas coisas que restaram foram restos de coisas queimadas e famílias cicatrizadas, fundidas com as coisas que estavam mais próximas a elas durante as Explosões. 
Mas algumas famílias tiveram a sorte de serem "selecionadas" para habitar O Domo, uma espécie de cápsula gigante que era anti-radiação, um lugar onde todas as pessoas eram perfeitas, sem qualquer cicatriz. Os meninos eram treinados desde cedo para participarem do "exército" ou das Forças Especiais e as meninas eram classificadas como férteis ou não-férteis. Não havia dor ou desentendimentos naquele lugar, a vida das pessoas era perfeita. Não havia esforço para permanecer vivo. 
Partridge é um desses sortudos que vivem no Domo, mas ele não se sente assim. Ele pensa nas pessoas que sofrem fora de lá e onde estaria sua mãe, que não conseguiu fugir das Explosões a tempo. Seu pai é o homem mais importante dentro do Domo, o presidente, aquele que escolhe quem vive e quem morre. Mas essas características são desconhecidas por todos, ninguém imagina que o Domo tem falhas, que um dia tudo vai acabar. 
E é por essas desconfianças e para procurar sua mãe que Partridge sai do Domo escondido, em uma missão praticamente suicida. 
Um Puro fora do Domo?! Os boatos correm ligeiro e chegam aos ouvidos de Pressia e seus familiares, que acham que isso é apenas fofoca, como das outras vezes. Mas não é. 
Quando Pressia e Partridge se encontram, é como a colisão de dois mundos extremamente diferentes. Pressia precisa de ajuda e Partridge também, e para conseguirem o que querem vão contar com a ajuda de Bradwel e El Capitán/Helmund, dois sobreviventes das Explosões. 
Um livro realista, que mostra uma visão do fim do mundo completamente diferente de todas as outras que já conheci. Puros mostra a história de um homem tomado pelo poder, que achava que podia viver para sempre, perfeito, em seu Domo - quase - impenetrável. 
Um livro cheio de interpretações misteriosas e que merece uma análise durante sua leitura, exigindo muito de seu leitor, mas vale a pena. Muito, muito bom. 

Autora: Julianna Baggott
Editora: Intrínseca

Dâmaris.

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