Eu exagero, admito. Reclamo de tudo, gosto das coisas do meu jeito e
nada pode sair diferente do que eu planejei. Tenho quase um roteiro da
nossa rotina e como diretora, faço escândalo quando você erra a fala.
Tenho medo dos imprevistos e por isso perco tempo fazendo um fluxograma
da nossa relação. Mas eu posso me explicar? Eu faço por nós. É esse meu
amor exagerado, essa vontade absurda de querer que a gente dê certo. Eu
não consigo controlar. Mas assumo que esse não é o melhor modo. Você diz
que pra acontecer, precisamos permitir. E te pergunto, e se eu deixar
rolar e as coisas tomarem um caminho contrário ao que eu esperava? E
você sempre responde, o amor tem a mania de fazer exatamente isso e como
senti-lo, sem nunca ter experimentado dessas surpresas? Aos poucos, eu
juro que a minha cabeça dura está amolecendo. Quando eu percebo que você
não tem pressa e me espera para nos permitirmos juntos, eu ganho
forças. Porque o meu objetivo sempre foi esse, que você nunca soltasse a
minha mão. E tenho sentido ela cada vez mais firme na minha.
Maria Carolina Araujo
Maria Carolina Araujo
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